Enfim, depois de tanto erro passadoTantas retaliações, tanto perigoEis que ressurge noutro o velho amigoNunca perdido, sempre reencontrado.É bom sentá-lo novamente ao ladoCom olhos que contêm o olhar antigoSempre comigo um pouco atribuladoE como sempre singular comigo.Um bicho igual a mim, simples e humanoSabendo se mover e comoverE a disfarçar com o meu próprio engano.O amigo: um ser que a vida não explicaQue só se vai ao ver outro nascerE o espelho de minha alma multiplica...Vinicius de Moraes
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Soneto do amigo
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